Há um texto que diz assim: "Aquele que aprende um parágrafo, um versículo ou um capítulo da Escritura com alguém, já o deve honra-lo como seu mestre".
Havia uma vida, como qualquer outra deste mundo, que vivia por aí em busca do que se vê e do que se sente. Uma vida que acreditava que tudo se resumia no visível, que o mundo era apenas o que se vê, que Deus era apenas Deus (um Deus grande, bom, mas distante). Havia uma vida que se preocupava com o respeito humano, que pensava que vivia da forma certa, que acreditava saber o que queria e como deveria ser, que era nada, mas que pensava ser alguma coisa.
Um dia esta vida se encontrou com outra vida. Uma vida diferente, uma vida experiente, com cabelos brancos e pele fininha, mas que possuía, proporcionalmente à sua experiência, uma vivacidade autêntica e jovem. Uma vida já sofrida, mas cheia de consolação. Uma vida com marcas (visíveis e invisíveis), mas repleta de uma alegria infinita. Uma vida firme, decidida que trazia consigo uma severidade mas com um amor imensurável. Uma vida que era como um livro.
Estas vidas se encontraram e a vida mais velha passou a ensinar a vida mais nova. Ora com palavras, ora com olhares, ora com gestos e até mesmo com o silêncio. Em tudo havia um ensinamento para vida mais nova. A vida mais velha se derramou, ensinou tudo o que pôde. Não foi fácil. A vida mais velha fez rir, fez chorar, desvendou mistérios, revelou segredos, derramou todo seu amor, se fez nada, humilhou-se, cantou (e como cantou), abraçou, fez rir (outra vez) e apresentou qual deveria ser o real sentido daquela vida. Então a vida mais nova morreu. Foi submergida nas águas e renasceu uma outra vida.
E esta outra vida continuava a aprender, cada dia mais, com a vida mais velha. Aprendeu que nem tudo é o que se vê, que existe algo a mais, algo além dos olhos. Aprendeu que o mundo não é apenas isso; que Deus é sim grande, é bom, mas que está SEMPRE PERTO. Aprendeu que dentro daquelas vidas mora o Espírito Santo, que a vida deveria ser uma comum unidade, que a Palavra é a luz dos seus caminhos. Aprendeu a importância da doação, do abandono do "eu" para viver pelo "nós", aprendeu que Deus se agrada com o simples, com o humilde, com o miserável. Aprendeu que os pássaros louvam e não cantam, que a alegria é diferente de felicidade e que nada pode nos separar do amor de Deus. Aprendeu que é livre. Aprendeu a orar, a agradecer e a pedir aos anjos que acampassem ao redor.
Foram ensinamentos sem fim e, de repente, a vida mais velha partiu. Foi para o lugar que sempre sonhará, que vivia por ele, que ansiava estar. Foi para o Pai, para o Reino pelo qual tanto trabalhou e lutou nesta terra. Foi grata a este planeta que a recebeu, foi contente, combateu o bom combate, venceu a corrida e guardou a fé.
E a vida mais nova entende que a vida mais velha era de fato um livro, um livro sem fim, chamado Evangelho de Cristo. Hoje, a vida mais nova encontra-se repleta de gratidão a Deus por ter permitido tal encontro, por ter permitido tantos aprendizados e por ter descoberto o verdadeiro sentido da vida. De fato, a vida mais velha não a ensinou um parágrafo, um versículo ou um capítulo das Escrituras, mas a ensinou a Escritura inteira.
Obrigada, mestre!
In memoriam to my father in faith.
Havia uma vida, como qualquer outra deste mundo, que vivia por aí em busca do que se vê e do que se sente. Uma vida que acreditava que tudo se resumia no visível, que o mundo era apenas o que se vê, que Deus era apenas Deus (um Deus grande, bom, mas distante). Havia uma vida que se preocupava com o respeito humano, que pensava que vivia da forma certa, que acreditava saber o que queria e como deveria ser, que era nada, mas que pensava ser alguma coisa.
Um dia esta vida se encontrou com outra vida. Uma vida diferente, uma vida experiente, com cabelos brancos e pele fininha, mas que possuía, proporcionalmente à sua experiência, uma vivacidade autêntica e jovem. Uma vida já sofrida, mas cheia de consolação. Uma vida com marcas (visíveis e invisíveis), mas repleta de uma alegria infinita. Uma vida firme, decidida que trazia consigo uma severidade mas com um amor imensurável. Uma vida que era como um livro.
Estas vidas se encontraram e a vida mais velha passou a ensinar a vida mais nova. Ora com palavras, ora com olhares, ora com gestos e até mesmo com o silêncio. Em tudo havia um ensinamento para vida mais nova. A vida mais velha se derramou, ensinou tudo o que pôde. Não foi fácil. A vida mais velha fez rir, fez chorar, desvendou mistérios, revelou segredos, derramou todo seu amor, se fez nada, humilhou-se, cantou (e como cantou), abraçou, fez rir (outra vez) e apresentou qual deveria ser o real sentido daquela vida. Então a vida mais nova morreu. Foi submergida nas águas e renasceu uma outra vida.
E esta outra vida continuava a aprender, cada dia mais, com a vida mais velha. Aprendeu que nem tudo é o que se vê, que existe algo a mais, algo além dos olhos. Aprendeu que o mundo não é apenas isso; que Deus é sim grande, é bom, mas que está SEMPRE PERTO. Aprendeu que dentro daquelas vidas mora o Espírito Santo, que a vida deveria ser uma comum unidade, que a Palavra é a luz dos seus caminhos. Aprendeu a importância da doação, do abandono do "eu" para viver pelo "nós", aprendeu que Deus se agrada com o simples, com o humilde, com o miserável. Aprendeu que os pássaros louvam e não cantam, que a alegria é diferente de felicidade e que nada pode nos separar do amor de Deus. Aprendeu que é livre. Aprendeu a orar, a agradecer e a pedir aos anjos que acampassem ao redor.
Foram ensinamentos sem fim e, de repente, a vida mais velha partiu. Foi para o lugar que sempre sonhará, que vivia por ele, que ansiava estar. Foi para o Pai, para o Reino pelo qual tanto trabalhou e lutou nesta terra. Foi grata a este planeta que a recebeu, foi contente, combateu o bom combate, venceu a corrida e guardou a fé.
E a vida mais nova entende que a vida mais velha era de fato um livro, um livro sem fim, chamado Evangelho de Cristo. Hoje, a vida mais nova encontra-se repleta de gratidão a Deus por ter permitido tal encontro, por ter permitido tantos aprendizados e por ter descoberto o verdadeiro sentido da vida. De fato, a vida mais velha não a ensinou um parágrafo, um versículo ou um capítulo das Escrituras, mas a ensinou a Escritura inteira.
Obrigada, mestre!
In memoriam to my father in faith.